Confundidas frequentemente com incêndios florestais, as queimadas são também associadas ao desmatamento. Na realidade, mais de 95% delas ocorrem em áreas já desmatadas, caracterizadas como queimadas agrícolas.
Os agricultores queimam resíduos de colheita para combater pragas, como as provocadas pelo bicudo do algodão, para reduzir as populações de carrapatos ou para renovar as pastagens. O fogo também é utilizado para limpar algumas lavouras e facilitar a colheita, como no caso da cana-de-açúcar, cuja palha é queimada antes da safra. Áreas de pastagem extensiva, como os Cerrados, também são queimadas por agricultores e pecuaristas.
Os agricultores queimam resíduos de colheita para combater pragas, como as provocadas pelo bicudo do algodão, para reduzir as populações de carrapatos ou para renovar as pastagens. O fogo também é utilizado para limpar algumas lavouras e facilitar a colheita, como no caso da cana-de-açúcar, cuja palha é queimada antes da safra. Áreas de pastagem extensiva, como os Cerrados, também são queimadas por agricultores e pecuaristas.
No caso da Amazônia, o fogo é o único meio viável para eliminar a massa vegetal e liberar áreas de solo nu para plantio. Mesmo assim são necessários cerca de oito anos para que a área fique limpa para a prática agrícola. Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Monitoramento Ambiental NMA-Embrapa em Rondônia, revelou que apenas uma pequena parte (menos de 5%) da madeira das áreas desmatadas foi comercializada - ou seja, a finalidade da queimada não é o comércio, mas a limpeza de áreas.
Nos países desenvolvidos de clima mediterrânico, como parte da França, Espanha, Grécia, Itália e Estados Unidos (Califórnia) são frequentes os incêndios florestais nos períodos de verão. O mesmo ocorre em regiões subpolares, como nas áreas de tundra e de vegetação de coníferas do Alasca e da Rússia. Em países tropicais, as queimadas ocorrem no inverno, durante o período seco. No Brasil, este é um fenômeno generalizado na agricultura. As queimadas estão associadas aos sistemas de produção mais primitivos, como os de caça e coleta dos indígenas. Mas também estão presentes na agricultura mais intensiva e moderna. Mais de 98% das queimadas praticadas no Brasil são de natureza agrícola. O agricultor decide quando e onde queimar. É uma prática controlada, desejada e faz parte do sistema de produção. Os lavradores queimam resíduos de colheita, áreas de savana, pastagens nativas e plantadas e palha da cana-de-açúcar para facilitar a colheita. Já os incêndios florestais são de natureza acidental, indesejados e difíceis de controlar. Eles só ocorrem em vegetações propícias a esse tipo de fenômeno, como as florestas degradadas, entremeadas por arbustos e gramíneas, as matas de pinheiro araucária e a Floresta Atlântica caducifólia de planalto, encontrada nas regiões Sul e Sudeste do País.
Na Mata Atlântica e na floresta tropical úmida, um incêndio em vegetação primária é muito difícil de ocorrer e se propagar. O mesmo acontece com a vegetação da Caatinga. No período seco, a perda das folhas reduz o material comburente e a combustibilidade da parte lenhosa é pequena. As plantas continuam verdes e com grandes quantidades de água em seus tecidos. Pela mesma razão, incêndios florestais na Amazônia são quase impossíveis de acontecer.
Na Mata Atlântica e na floresta tropical úmida, um incêndio em vegetação primária é muito difícil de ocorrer e se propagar. O mesmo acontece com a vegetação da Caatinga. No período seco, a perda das folhas reduz o material comburente e a combustibilidade da parte lenhosa é pequena. As plantas continuam verdes e com grandes quantidades de água em seus tecidos. Pela mesma razão, incêndios florestais na Amazônia são quase impossíveis de acontecer.
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